"Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo, deixa-me ir..."
-Álvaro de Campos

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Vómito de borboletas Mortas.

Não te olhei nos olhos
Ou verias que vendi a alma ao diabo
Estou morta, só existo em invólucro
Não me conheces mais
O que sabias já não existe em mim.
Nada sou.

Não chorava há noites.
Mas o inesperado apanhou-me cedo hoje
E voltei a sentir a solidão
Triste, melancólica,
Presa aos meus pulsos
Correntes de ferro
Impossível quebrar.

O tempo, maldito tempo
Quanto tempo mais?
O tempo é só tempo
Não existe cura
É um caso perdido este
Serás sempre a minha eterna dor de cabeça
Mal os nossos caminhos se cruzem nas ruas
Mesmo que ignore
Mesmo fingindo não doer.

Levem-me daqui.
Apaguem as minhas memórias
Os arrepios na espinha
As borboletas estão mortas agora

E envenenam-me por dentro sempre que tento seguir.

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