"Que nenhum filho da puta se me atravesse no caminho!
O meu caminho é pelo infinito fora até chegar ao fim!
Se sou capaz de chegar ao fim ou não, não é contigo, deixa-me ir..."
-Álvaro de Campos

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Loucos nas valetas.

Loucos nas valetas pestilentas,
Mágoas afogadas em vómitos hediondos.
Dilatação das pupilas.
Os corpos sobrepostos, vazios, como invólucros.
As máscaras caídas pelas ruas gélidas da noite taciturna.
Choram sobre os escombros da vida, desabam-se os sentimentos.
Vêm-se ao longe as silhuetas dos sóbrios que acenam com a cabeça, como se a vida não pedisse alguma demência.
Nunca ninguém será alguém, esta passagem física é momentânea, porém inútil.

Ensaiam-se risos por entre diálogos, não vá o hábito de rir cair no esquecimento.
Riem-se, fingem alegrias, sentem agonias.
Riem-se.

Como se fosse vivido. 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.