Aqueles insetos tão puramente apreciados
Esvoaçavam, guerreavam, cada um pelo seu pequeno espaço.
“Borboletas no
estômago” dizem.
Literalmente não, literalmente seria sinistro.
Uma metáfora, chamamos-lhe assim.
Contudo, não havia outra forma de descrever aquele
formigueiro estranho ao fundo das costelas.
Quando é que elas tinham entrado para o meu corpo?
Não dei conta. Pensava que as cinzas iriam impedir que novas
borboletas se instalassem.
Mas ali estavam. Acabadas de nascer, alagadas de nova força.
Há quanto tempo!
Quase caíram no esquecimento.
Mas ali estavam.
Borboletas.
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